Comunicador João Andrade questiona argumentos de candidato derrotado que pede anulação da eleição em Caapiranga

Sede da Prefeitura Municipal de Caapiranga. (Foto: Página institucional da PMC no Facebook)

As eleições municipais deste ano já estão no passado para 61 dos 62 municípios amazonenses, pois apenas em Manaus haverá segundo turno. Mas em Caapiranga, que fica a 133 quilômetros da capital em linha reta e a 185 quilômetros por estrada, ainda tem ex-candidato a prefeito insatisfeito e querendo levar a disputa para o “tapetão”, da Justiça Eleitoral. Francimar Ferreira Ramalho (MDB – Coligação “Aliança pelo progresso de Caapiranga”), que teve 3.747 votos (45,90% dos votos válidos) e perdeu para Matulinho Xavier Braz (União Brasil – Coligação “Caapiranga unido para continuar avançando”) por 669 votos, não aceita de jeito nenhum a derrota e quer a anulação do pleito, com nova eleição, alegando que o vencedor só venceu porque levou eleitores de Manaus e Manacapuru. Mas vem levando chumbo grosso por causa disso.

“Os pinotes desse cidadão não passam disso mesmo, pinotes, porque na verdade quem estava associados a alienígenas era ele, que tinha apoio ostensivo do prefeito Beto D’Angelo, de Manacapuru, além de dois ex-prefeitos caapiranguenses e da própria candidata a vice em sua chapa, todos residentes na Princesinha do Solimões”, diz o comunicador João Andrade, do blog AM News, que acompanha de perto a política desse região.

João Andrade diz não ver nada de anormal nos resultados das eleições 2024 em Caapiranga, “a não ser a tentativa de intervenção dos ‘estrangeiros de Manacapuru’ a favor de Francimar Ramalho”. (Foto: Página ‘João Andrade’ no Facebook)

Para Andrade, os números das eleições de 2020 e de 2024 são muito claros e “mostram que ganhou quem tinha votos para ganhar e perdeu quem não tinha votos suficientes para sair vencedor”, porque uma eleição é espelho da outra.

Comparativos

Em 2020 Caapiranga tinha um total de 8.966 eleitores e nas eleições 1.493 (16,65%) se abstiveram, ou seja, não votaram. Dos 7.473 eleitores que foram às urnas, 147 (1,97%) anularam seus votos e 29 (0,39%) votaram em branco. Dos 7.297 (97,64%) votos válidos, 4.752 (65,12%) foram para Tico Braz (eleito) e 2.545 (34,88%) para Zilmar Sales, com uma diferença de 2.207 votos, ou seja, de 30,24% dos votos válidos.

Em 2024, com um total de 9.750 eleitores aptos, Caapiranga teve uma abstenção de 1.448 eleitores, 14,85% do total de aptos a votar. Dos 8.302 eleitores que foram às urnas, 111 votos (1,34%) anularam seus votos, 28 (0,34%) votaram em branco, 4.416 (54,10%) votaram em Matulinho Braz e 3.747 (45,90%) votaram em Francimar Ramalho, com uma diferença nominal de 669 votos, equivalente a apenas 8,05% dos votos válidos.

Realidade

“É só comparar os números para constatar que nas eleições de 2020 o Tico Braz deu uma verdadeira lavada no Zilmar Sales, colocando uma diferença de mais de 30% dos votos válidos em cima dele. E neste ano, mesmo com uma abstenção percentualmente menor, a diferença entre vencedor e perdedor ficou em somente 669 votos. Este senhor, Francimar Ramalho, é quem tem que explicar perante a Justiça Eleitoral os flagrantes gravados das suas tentativas de compra de votos com a oferta de empregos na Prefeitura caso fosse eleito”, finaliza João Andrade.

Rádio Encanto do Rio