Sancho Gil de La Pança*
Passando a visão: a máscara, usada por tempo demais, torna-se o rosto. Você tinha razão, meu caro Montaigne Miguel, em Sancho de La Mancha também é assim.
Comemorando a operação na Penha e no Alemão com 160 mortes, nessa saga da Galinha Pintadinha e do Marreco Fascista, realiza-se até pesquisa de aprovação de chacina.
Os institutos de pesquisas a serviço da realidade paralela e distopia que grassa no país. É pacabá!
Uma prova que a sociedade tá doente, na falência moral da humanidade desumana.
Nessa lógica, os que são contra a chacina são considerados militantes, ativistas políticos e esquerdopatas. Já os que são a favor, têm o verniz “Deus, Pátria e Família”. Pode isso, Arnaldo?!
A intolerância é só até a segunda letra. É seletiva, principalmente quando é ‘Faria Limer’, aí é vista grossa, daquela ‘fundo de garrafa’, meu caro Jefferson.
Os indígenas, pretos e pobres são alvos prediletos e a favela sendo senzala nesse navio negreiro atual.
Na favela, é tudo bandido. “Tem que morrer, mesmo”, mas para os de gravata é ANISTIA.
Só pra dar um papo reto: quem defende a morte de traficante e perdoa golpista precisa rever o próprio conceito de moral.
Com essa turma negacionista, habitantes de Ratanabá, indigentes intelectuais, entre doidos e doídos, escolho não acentuar.
Só não enlouqueci porque me faltou disposição, comi uma pupunha ontem com café, fiquei indisposto, muito cansado pra ser doido.
Acho que esse pessoal que tá normalizando chacina deve ter comido caroço de pupunha, só pode!
É tipo Memórias do Subsolo de Dostoiévski, minha quirida Ana Amélia. O primeiro gole não é mais pro santo, e, sim, pro dono do bar. Se ele tomar primeiro tá tudo certo, vai que ‘Derrite’ esse metanol por lá, na Terra da Garoa!
Essa gente precisa exercitar o pensamento crítico, a ponderação e a interpretação.
O embrutecimento coletivo é uma realidade. Uma convulsão social, a arte da depressão.
Para aqueles que não aguentam um parágrafo, vai uma bela contribuição, a título de autoajuda, a leitura é o sistema imunológico da cultura, se os livros adoecem, tudo adoece junto.
Hoje em dia, racionar já é um ato revolucionário. Pensar com coerência e lógica, virou genialidade.
Vou é participar da licitação para reformar poltronas e sofás com a ‘saracura’ nessa ‘cidade’. Tou precisando de uma ponta mesmo. Ou então, vou ficar na minha quebrada. Lá, nessa caminhada de sommelier, faço degustação até de Fanta Uva e de Arubé!
Depois dessa, como sou psicodivergente, chego até a concordar finalmente com a fala do Luciano Huck, sobre a segurança, aconselho-me com vozes da minha cabeça e só não faço academia como o doutor Rômulo por medo de perder a barriga.
Engordei quiridu, não vou me adaptar, mesmo!
Brasil acima de tudo, eu acima do peso!
Não existe tiro acidental em bairro nobre!
Na igreja fizeram arminha com a mão, deu nisso.
*Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.
